Atlético-MG supera River Plate e avança na Libertadores 2024

postado por: Antonio José | em 6 outubro 2025 Atlético-MG supera River Plate e avança na Libertadores 2024

Quando Atlético Mineiro venceu River Plate por 3 a 0 na ida da semifinal da Copa Libertadores 2024, a cidade de Belo Horizonte viveu um clima de festa que dificilmente se repete nos estádios brasileiros.

O atacante Deyverson foi o grande destaque, marcando dois gols e lançando o terceiro, enquanto o técnico Gabriel Milito apostou na criatividade do trio de ataque formado por Paulinho, Hulk e o próprio Deyverson. Do lado argentino, o experiente Marcelo Gallardo viu sua equipe desmoronar antes da hora, apesar de contar com o goleiro Franco Armani em boa forma.

A partida aconteceu na Arena MRV, lotada com cerca de 45 mil torcedores que cantavam o hino do Galo a cada jogada importante. O clima era de pura ansiedade; a torcida sabia que, com três gols de vantagem, o clube teria margem para até perder por dois na volta e ainda garantir a vaga na final.

Contexto histórico entre Atlético-MG e River Plate

Antes do confronto de 2024, o histórico entre as duas equipes na Libertadores favorecia o Galo: três vitórias e uma derrota em quatro duelos. O mais marcante foi o embate das quartas de final de 2021, quando o Atlético venceu por 1 a 0 na ida em Núñez e ampliou para 3 a 0 no Mineirão, eliminando o River com autoridade.

Esses antecedentes criaram uma crença quase coletiva de que o Galo tem a fórmula para 'quebrar' o River nas fases decisivas. O retrospecto de 2021 ainda é citado nas conversas de torcedores e pela imprensa esportiva como um ponto de referência.

Detalhes da partida de ida

O início foi equilibrado; o River controlou a posse nos primeiros 15 minutos, mas a defesa do Atlético, comandada por Lyanco e Guilherme Arana, se mostrou sólida. Aos 23', Deyverson recebeu um passe em profundidade de Gustavo Scarpa e abriu o placar após driblar Armani.

Dois minutos depois, Hulk avançou pela direita, cortou para o meio e cruzou para Paulinho, que cabeceou forte, dobrando a vantagem. O terceiro gol veio aos 68', quando Deyverson, em ótima forma física, chegou ao limite da área e batucou firme, deixando o goleiro argentino sem reação.

Estatísticas da partida: posse de bola 57% para o Galo, 12 finalizações (7 a gol) versus 6 para o River (2 a gol). O goleiro Armani, mesmo com boa atuação, sofreu três gols em menos de 30 minutos de ataque.

Análises e declarações dos treinadores

Após o fim da partida, Gabriel Milito elogiou a postura ofensiva: "Queríamos impor ritmo, e o time respondeu com coragem. Deyverson foi decisivo; ele tem o sangue do clássico dentro de si".

Gallardo, visivelmente frustrado, ressaltou a necessidade de ajustes defensivos: "A primeira partida nos mostrou vulnerabilidades claras. Vamos mudar a linha de quatro e colocar mais capricho no meio‑campo".

Especialistas do clube apontam que a presença de Hulk, ainda em fase de recuperação de lesões, dá um pulo extra de força física ao ataque, algo que pode ser decisivo no jogo de volta.

Impacto da vitória e cenário para o jogo de volta

Impacto da vitória e cenário para o jogo de volta

Com 3 a 0, o Atlético entra na partida de volta com a vantagem de três gols e a possibilidade de avançar mesmo com uma derrota de até dois gols. Essa margem estratégica mudou a abordagem do técnico Milito, que pode adotar um esquema mais conservador, reforçando a defesa com Alonso e Battaglia.

Já o River precisa de uma exibição ofensiva agressiva. Gallardo tem a opção de trazer de volta o lateral esquerdo Marcos Acuña, dispensado na primeira partida por um problema no aquecimento. A presença de Acuña pode dar ao River a velocidade que falta na banda esquerda.

Outro ponto crítico será a arbitragem. O árbitro colombiano Wilmar Roldán será o responsável pela partida de volta, o que já gera debates sobre seu estilo mais rígido em cobranças de falta.

Próximos passos e previsões

O duelo de volta está marcado para 29 de outubro de 2024, às 21h30 (horário de Brasília), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Se o Galo perder por 1 a 0, ainda avançará; se o placar for 2 a 1, segue firme; mas se o River virar por 3 a 0, a classificação será decidida nos pênaltis.

Analistas da ESPN Brasil projetam uma vitória apertada do River, mas concedem ao Atlético a vantagem psicológica e tática. "A torcida do Galo é um fator decisivo, mesmo fora de casa. O pressão será imensa sobre o River", comenta o comentarista Carlos Eduardo.

Enquanto isso, a agenda do Atlético Mineiro segue intensa: a final da Supercopa do Brasil está prevista para dezembro, e o clube ainda disputa a fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, caso conquiste o título da Libertadores.

Fatos‑chave da partida

Fatos‑chave da partida

  • Data: 22/10/2024
  • Local: Arena MRV, Belo Horizonte
  • Resultado: Atlético Mineiro 3 x 0 River Plate
  • Artilheiro da partida: Deyverson (2 gols)
  • Próximo confronto: 29/10/2024, Monumental de Núñez

Perguntas Frequentes

Como a vitória afeta a classificação do Atlético-MG?

Com três gols de vantagem, o Galo precisa evitar perder por três ou mais na volta. Uma derrota de até dois gols ainda garante a vaga na final, o que permite ao técnico Milito equilibrar ataque e defesa.

Quais são os principais ausentes do River Plate na partida de volta?

Santiago Beltrán, Agustín Sant'Anna e Rodrigo Aliendro seguem fora por lesão. Além disso, Armani e Miguel Borja estão pendurados com cartões amarelos, o que pode limitar suas opções.

Qual é a expectativa de público no Monumental de Núñez?

O estádio tem capacidade para cerca de 53 mil espectadores; a expectativa é de plateia completa, com torcedores argentinos e uma fiel bancada de fãs brasileiros que viajam para apoiar o Galo.

O que os especialistas dizem sobre a arbitragem de Wilmar Roldán?

Roldán costuma ser rigoroso nas marcações de faltas e alertas de impedimento. Analistas acreditam que ele pode interferir no ritmo ofensivo do River, especialmente nos lances das bolas paradas.

Quais são as chances do River Plate virar o placar?

O River chegou à semifinal com uma sequência de gols em dez jogos consecutivos, o que demonstra poder de ataque. Contudo, superar um deficit de três gols será dramático; a maioria das projeções indica que precisará marcar ao menos quatro.

10 Comentários

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    Lucas Santos

    outubro 6, 2025 AT 21:08

    Ao analisar detalhadamente a partida, observa‑se que a superioridade do Atlético‑MG não se deve apenas ao talento individual, mas sobretudo a um planejamento tático bem executado. A posse de bola de 57 % evidencia o domínio territorial que compressiona a defesa rival. Além disso, a eficiência de finalização (7 a gol) demonstra uma clareza cirúrgica nas hustenicas ofensivas :) Por outro lado, o River mostrou fragilidade ao conceder espaços nas laterais, permitindo que Hulk e Paulinho explorassem as linhas de fundo. Em suma, a vitória foi fruto de preparação meticulosa e execução impecável.

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    Tatianne Bezerra

    outubro 10, 2025 AT 23:32

    Que espetáculo! Deyverson explodiu nas redes e fez a torcida pirar, enquanto Hulk e Paulinho mostraram porque o Galo é sinônimo de força. Essa vitória não é só um número, é a energia que alimenta todo o clube e deixa o River sem condições de reação. A postura agressiva do Atlético, pressionando alto, acabou desestabilizando a defesa argentina. Sem dúvidas, o time entrou em campo com a mentalidade de quem já pensa na final. Que continue assim, porque a gente quer ver o título em casa!

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    vinicius alves

    outubro 15, 2025 AT 01:56

    Na boa, o jogão foi massa, mas tem uns detalhes que passaram batido. A defesa do Galo segurou firme, principalmente aquele bloco de Lyanco, que foi top. O River tentou, mas a bola não saiu como queria, faltou aquele toque fino nos cruzamentos. Sem resumir, o time mostrou que tá pronto pra encarar fase de mata‑mata. Falou tudo.

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    Marty Sauro

    outubro 19, 2025 AT 04:20

    Ah, claro, porque a gente nunca viu o Galo dominar assim antes, né?

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    Aline de Vries

    outubro 23, 2025 AT 06:44

    A defesa do Galo segurou demais, com Lyanco e Arana fechando bem os espaços. O técnico já deu o papo de jogar mais defensivo na volta, e isso parece acertado, porque o River tem que dividir a bola pra conseguir chegar. Se a gente mantiver a concentração, até um chute de fora da área já garante mais um gol. Tamo junto!

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    Circo da FCS

    outubro 27, 2025 AT 09:08

    O Galo controlou o meio campo e impôs ritmo; faltou apenas consistência na marcação alta do River.

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    Savaughn Vasconcelos

    outubro 31, 2025 AT 11:32

    É impossível ignorar a magnitude da atuação de Deyverson, que não só marcou, mas também criou oportunidades cruciais para seus companheiros. Cada toque dele revelava a confiança que o técnico Milito cultivou ao longo da temporada. Além disso, o posicionamento de Hulk dentro da área fez a defesa rival desorientar‑se, criando espaços para Paulinho concluir. O padrão tático adotado demonstrou flexibilidade, alternando entre pressão alta e transição rápida. Não podemos subestimar a importância da disciplina defensiva, com Lyanco e Arana formando uma muralha quase impenetrável. Em resumo, o Atlético‑MG exibiu um futebol completo, equilibrando ataque fulminante e solidez defensiva, o que justifica plenamente a vantagem de três gols para a partida de volta.

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    João Paulo Jota

    novembro 4, 2025 AT 13:56

    Todo mundo perde a cabeça quando o Galo ganha, mas nada disso muda o fato de que o River ainda tem chances se mudar o esquema. A arrogância pode ser perigosa, então é bom lembrar que o futebol ainda tem 90 minutos.

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    Luciano Hejlesen

    novembro 8, 2025 AT 16:20

    Mais um clássico inesquecível 😒

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    Mauro Rossato

    novembro 12, 2025 AT 18:44

    Primeiramente, o que ficou claro nessa partida foi a superioridade técnica do Atlético‑MG, que soube impor seu estilo de jogo desde o apito inicial. A posse de bola superior, 57 %, não foi apenas um número, mas refletiu a capacidade de controlar o ritmo e atrapalhar a construção do River. Deyverson brilhou ao abrir o placar, mas sua contribuição foi muito além dos dois gols marcados; ele participou ativamente na movimentação, criando espaços para o Hulk avançar.


    Hulk, que ainda se recupera de lesões, mostrou que sua força física ainda está intacta, oferecendo um pênaltico presença nas jogadas de bola parada. Paulinho, por sua vez, aproveitou o cruzamento perfeito e foi decisivo ao dobrar a vantagem com um cabeceio preciso. A defesa, comandada por Lyanco e Guilherme Arana, foi praticamente uma muralha, impedindo qualquer tentativa de avançar do River, que ficou frustrado diante da incapacidade de finalizar com qualidade.


    Do ponto de vista tático, Gabriel Milito trouxe uma postura ofensiva agressiva que funcionou perfeitamente; no entanto, ele já pensa em ajustar o esquema para o jogo de volta, reforçando o meio‑campo com Alonso e Battaglia para garantir solidez defensiva. O treinador argentino, Gallardo, tem o desafio de mudar a linha de quatro e adicionar mais dinamismo ao meio‑campo, talvez trazendo Acuña para a lateral esquerda, aumentando a velocidade nas jogadas pelas beiradas.


    Outro ponto crucial a ser observado é a arbitragem de Wilmar Roldán, cujo estilo rígido pode influenciar bastante nas bolas paradas, afetando o ritmo do River que depende de cobranças precisas. A atmosfera nos estádios, tanto na Arena MRV quanto no Monumental de Núñez, sempre traz uma energia que altera o comportamento dos jogadores, e a presença de torcedores brasileiros no clássico pode ser um fator psicológico decisivo.


    Em termos de estatísticas, o Atlético‑MG converteu 7 de 12 finalizações, enquanto o River só conseguiu 2 de 6, evidenciando a eficácia do ataque galo. A vantagem de três gols deixa o Galo em posição confortável, mas a realidade das duas partidas ainda permite ao River virar se marcar quatro gols, o que será um grande teste de resistência mental e tática.


    Finalmente, a história recente entre os dois clubes, com o Galo vencendo a maioria das confrontações, cria uma confiança que não deve ser subestimada. Contudo, o futebol é imprevisível, e cada detalhe pode mudar o rumo da partida. O importante é que o Atlético‑MG continue mantendo sua disciplina, enquanto o River luta para encontrar soluções criativas. Que venham os 90 minutos finais, porque ainda há muito a ser disputado.

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