Insider abre loja pop‑up no Morumbi Shopping e mira R$ 600 mi em 2025
postado por: Antonio José | em 7 outubro 2025
A Insider, marca brasileira de camisetas básicas e tecnológicas, inaugurou no domingo, 5 de outubro de 2025, sua primeira loja física, um pop‑up temporário no Morumbi Shopping, na zona sul de São Paulo. A iniciativa surge num momento em que a empresa fechou 2024 com faturamento de R$ 400 milhões e projeta alcançar R$ 600 milhões até o final do próximo ano, um salto de 50 %. “Entendemos que havia um desejo latente dos consumidores de experimentar, sentir e vivenciar nossos produtos em primeira mão”, disse Yuri Gricheno, co‑fundador e CEO da Insider, explicando a estratégia por trás da loja.
Contexto e trajetória da Insider
Fundada em 2017 por Yuri Gricheno e seu sócio, a Insider ganhou notoriedade ao combinar design minimalista com tecidos de alto desempenho. As peças prometem não amassar, não reter odor e usar até 95 % menos água que camisetas tradicionais de algodão. Essa proposta eco‑friendly atraiu um público jovem e conectado, que acompanhou a marca principalmente por YouTube, podcasts e Instagram. Em 2023, a empresa já atendia mais de 400 mil clientes; em 2024, o número ultrapassou meio milhão, espalhados por mais de 50 países.
Sem nenhum aporte de venture capital, a Insider cresceu com recursos próprios, reforçando sua independência estratégica. Em janeiro de 2024, o executivo Guilherme Almeida, então CFO, foi contratado para estruturar governança financeira e preparar a empresa para possíveis parcerias internacionais.
Detalhes da pop‑up store no Morumbi Shopping
O espaço, com 120 m² de área, funciona como vitrine de marca mais do que ponto de venda tradicional. Dentro, os visitantes podem tocar nas fibras das camisetas, testar a elasticidade e conferir a durabilidade mediante demonstrações em tempo real. A loja permanece aberta até 31 de dezembro de 2025, coincidindo com as duas datas mais quentes do varejo: a Black Friday (28 de novembro de 2025) e o Natal.
Para tornar a experiência ainda mais imersiva, a Insider instalou painéis interativos que mostram, em tempo real, a quantidade de água economizada por cada peça vendida. Também há um café‑livro que serve como ponto de encontro para a comunidade de fãs da marca, reforçando a estratégia de construir um ecossistema ao redor do produto.

Reações e expectativas do mercado
Analistas de varejo viram o movimento como um teste de “phygital”, a fusão entre físico e digital. Segundo a consultoria Retail Insights, “empresas que mantêm um canal offline, mesmo que temporário, tendem a melhorar a taxa de conversão online em até 12 %”. Já os concorrentes tradicionais de moda rápida ainda encaram com ceticismo, temendo que o modelo de alta tecnologia eleve custos operacionais.
Nas redes sociais, a hashtag #InsiderNoMorumbi já ultrapassou 30 mil menções nas primeiras 48 horas. Clientes relataram que a possibilidade de provar o tecido fez diferença na decisão de compra, algo que o e‑commerce nunca conseguiu reproduzir completamente.
Impacto ambiental e sustentabilidade
Além da promessa de usar menos água, a Insider adota embalagem reciclável e incentiva a coleta de peças usadas para reciclagem. Em 2024, a empresa declarou que evitou o consumo de cerca de 10 milhões de litros de água, equivalente ao volume de duas represas regionais. O pop‑up também exibe um contador que mostra, em tempo real, a redução de emissões de CO₂ gerada por cada compra feita no local.
Especialistas apontam que, ao aproximar o consumidor do processo de produção, a marca aumenta a conscientização sobre consumo responsável – um fator que pode influenciar futuras regulações ambientais no setor têxtil brasileiro.

Próximos passos e perspectiva de expansão
Se a experiência no Morumbi Shopping provar ser lucrativa, a Insider planeja abrir outras pop‑ups em capitais estratégicas, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, antes de considerar lojas permanentes. A liderança interna já sinaliza que a meta para 2026 inclui a estreia de linhas de roupas íntimas com tecnologia de regulação térmica.
Com o aporte de recursos internos e a sólida base de 500 mil clientes, a previsão de R$ 600 milhões em faturamento para 2025 parece realista. O que resta acompanhar é se a estratégia “offline‑first” será capaz de sustentar o ritmo de crescimento em um mercado cada vez mais competitivo.
- Data de inauguração: 5 de outubro de 2025
- Local: Morumbi Shopping, São Paulo
- Faturamento 2024: R$ 400 mi
- Meta 2025: R$ 600 mi
- Economia de água por peça: até 95 %
Perguntas Frequentes
Como a pop‑up store pode influenciar as vendas online da Insider?
A experiência presencial permite que o consumidor teste a qualidade do tecido, o que costuma elevar a taxa de conversão online em torno de 10 % a 12 % segundo pesquisas de varejo. Isso gera um efeito de reforço de marca que aumenta a frequência de compras digitais.
Quais são os planos da Insider para expandir além de São Paulo?
A diretoria indica que, caso o teste no Morumbi seja bem‑sucedido, a empresa abrirá pop‑ups em Rio de Janeiro e Belo Horizonte ainda em 2025, avaliando a possibilidade de lojas permanentes a partir de 2026.
De que forma a Insider reduz o impacto ambiental de suas camisetas?
Além de usar processos que demandam até 95 % menos água que o algodão tradicional, a empresa adota embalagens 100 % recicláveis e promove a coleta de peças usadas para reciclagem, evitando milhões de litros de água desperdiçados anualmente.
Qual o papel de Guilherme Almeida na estratégia de crescimento?
Contratado como CFO em 2024, Almeida reforçou a governança financeira, estruturou projeções de caixa para a meta de R$ 600 mi e lidera negociações de possíveis parcerias internacionais.
Por que a Insider optou por um modelo temporário ao invés de uma loja permanente?
A estratégia de pop‑up permite testar a aceitação do público e avaliar a logística de pontos físicos sem o comprometimento de longo prazo, reduzindo riscos financeiros enquanto coleta dados valiosos para decisões futuras.
Marcelo Monteiro
outubro 7, 2025 AT 22:44Ah, então a Insider resolveu abrir uma loja pop‑up no Morumbi Shopping, como se o simples ato de colocar uma vitrine de 120 metros quadrados pudesse magicamente transformar a trajetória de crescimento da empresa.
Primeiro, vamos analisar o fato de que a marca já atingiu R$ 400 milhões em faturamento sem nenhum aporte de venture capital, o que demonstra uma eficiência operacional rara no cenário brasileiro.
Em seguida, a decisão de apostar em uma experiência física temporária parece ser uma resposta à demanda latente dos consumidores por tangibilidade, mas será que essa demanda é suficientemente grande para justificar o investimento?
Além disso, a proposta de tecidos que economizam até 95% de água soa extremamente inovadora, porém ainda carece de dados concretos sobre a durabilidade real dos produtos ao longo de anos de uso.
Outro ponto a considerar é a presença de painéis interativos que mostram a quantidade de água economizada por peça vendida, o que pode ser visto como uma jogada de marketing mais do que um compromisso ambiental substancial.
A estratégia de abrir a loja até o fim de 2025, coincidindo com a Black Friday e o Natal, parece bem calculada para maximizar o fluxo de consumidores, mas será que isso não cria uma sensação de urgência artificial?
Os analistas da Retail Insights apontam que lojas físicas podem melhorar a taxa de conversão online em até 12%, mas essa estatística pode variar significativamente dependendo do segmento de mercado.
É importante também observar que a Insider não revela os custos operacionais da pop‑up, o que impede uma avaliação completa da rentabilidade do projeto.
A comparação com concorrentes de moda rápida que ainda encaram o modelo de alta tecnologia com ceticismo demonstra que a Insider está entrando em território competitivo e arriscado.
Além do mais, a iniciativa de coletar peças usadas para reciclagem é louvável, mas a efetividade desse programa depende da adoção massiva pelos consumidores.
O café‑livro dentro da loja pretende criar um ecossistema de comunidade, mas pode acabar sendo apenas um detalhe decorativo sem impacto real nas vendas.
Não podemos ignorar a importância da presença de um CFO experiente, Guilherme Almeida, que trouxe governança financeira, embora ainda não saibamos como isso afetará as projeções de R$ 600 milhões em 2025.
Se a pop‑up gerar os resultados esperados, a expansão para outras capitais será o próximo passo natural, porém o risco de diluição da marca também aumenta.
Em suma, a iniciativa apresenta um mix de inovação, marketing e riscos que requer uma análise cuidadosa antes de celebrarmos o sucesso antecipado.
Portanto, enquanto a Insider pode estar no caminho certo, o verdadeiro teste será a capacidade de transformar essa experiência temporária em crescimento sustentável a longo prazo.